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a fertilidade e a gestação nas mulheres com EM

A maioria das pesquisas sugere que mulheres com esclerose múltipla controlada desde cedo não têm uma diferença significativa em sua capacidade de ter filhos¹.

A gestação é considerada segura para mulheres com EM controlada. Além disso, não há evidências de risco aumentado de complicações como aborto espontâneo, gravidez ectópica e outros desfechos neonatais adversos².

Os efeitos da gravidez na EM

A boa notícia é que, durante a gestação, há uma redução considerável de surtos, principalmente no terceiro trimestre². No entanto, especialmente nas últimas fases da gestação, em alguns pacientes a fadiga, problemas de equilíbrio e sintomas relacionados à bexiga podem piorar, mas, com acompanhamento adequado, é possível gerenciar esses sintomas e garantir uma gravidez mais tranquila e saudável³.

o período pós-parto

Atualmente sabemos da importância que o planejamento reprodutivo e familiar pode ter durante o período de gestação e no pós-parto. A baixa taxa de surtos e o uso de terapias modificadoras da doença até o momento da concepção já mostraram ter um impacto positivo na redução da atividade da doença durante o puerpério².

Em relação a amamentação, estudos sugerem que a amamentação exclusiva, ou seja, sem complemento alimentar, tem um efeito protetivo na EM, reduzindo a taxa de surtos. No entanto, ainda são necessários mais estudos para que uma recomendação definitiva possa ser feita, portanto é importante sempre conversar com o médico especialista.

Caso haja descontinuação do medicamento para EM durante a gestação, o período para retomar o tratamento ainda é incerto. No entanto, para pacientes com doença ativa, é recomendado que isso aconteça o quanto antes. Como cada caso é único é essencial uma conversa com um médico especialista⁴.

cuidados e planejamento

É importante que as mulheres com esclerose múltipla considerem atentamente alguns aspectos antes e durante a gravidez para garantir uma gestação e pós-gestação mais seguras. É crucial manter um acompanhamento médico adequado e discutir qualquer atividade da doença que tenha ocorrido nos anos anteriores a concepção. Não é recomendado interromper os tratamentos ao descobrir a gravidez, é importante conversar com um médico especialista primeiro ²,³.

Essas medidas preventivas podem ajudar a minimizar o risco de surtos durante a gravidez, permitindo ter uma gestação mais tranquila. Lembre-se de que a gravidez em si pode ter um efeito protetor temporário contra os surtos, mas cuidados contínuos são essenciais para garantir a saúde da mãe e a do bebê.

Durante a gravidez e no pós-parto, continue a seguir as orientações médicas, faça o acompanhamento regular com o profissional de saúde especializado em esclerose múltipla e com o obstetra. Informe-os sobre qualquer mudança ou sintoma que você possa perceber para que possam ajustar o tratamento e oferecer o melhor cuidado possível.

Lembre-se de que cada caso é único, e a comunicação com a equipe médica é fundamental para uma gravidez bem-sucedida e uma experiência materna mais segura. Ao cuidar desses aspectos e buscar o suporte adequado, você estará contribuindo para uma gestação e pós-gestação mais saudáveis e tranquilas.

EM e hereditariedade

Muitas pessoas com esclerose múltipla se preocupam com o risco de seus filhos herdarem a doença. Apesar do risco ser maior quando comparado com população em geral, ainda assim é muito baixo e varia de 2 a 3%. ¹,²

liberdade para escolher a melhor hora de ser mãe

Assim que uma mãe pega seu bebê no colo pela primeira vez, um mundo totalmente novo se abre. E nasce também o maior amor que alguém pode sentir.

Por isso curtir esse momento sem se preocupar com os surtos da EM após o parto era uma das grandes preocupações dos pesquisadores, médicos e pacientes.

Felizmente, esse cenário está mudando. Agora já é possível continuar o tratamento durante a gestação e aproveitar os momentos mais sagrados da vida de uma mulher.